A filosofia de inclusão, onde todos os alunos possam aprender juntos, deve respeitar a diversidade. A escola tem o dever de ajudar todos os alunos, apoiá-los e “dotá-los com as competências necessárias à vida diária, oferecendo formação em competências que respondam às exigências sociais e de comunicação e às expectativas da vida adulta” (Unesco, 1994).
É importante que a intervenção ao nível da escola, envolva a participação das famílias, tendo em conta a sua individualidade própria e as características do meio em que está inserida. Actualmente, tem-se assistido a um crescente reconhecimento do imprescindível papel dos pais no acompanhamento escolar dos seus filhos e tem sido prestada uma atenção cada vez maior à importância educativa das interacções que têm lugar em contexto familiar e à sua coordenação com as actividades desenvolvidas na escola.
O direito de todos à educação, ou seja, o direito de todos à aprendizagem e ao sucesso escolar aparece consignado em declarações e princípios assumidos internacionalmente. Foi neste sentido de compromisso que a comunidade internacional subscreveu a Declaração Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia em 1990, na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, com a presença de cerca de 60 países. Este documento define genericamente a necessidade de assegurar a igualdade de acesso à educação a todos, incluindo os deficientes, garantindo uma educação básica para todos os cidadãos (Unesco, 1996).
Para que a verdadeira inclusão se torne numa verdadeira realidade, a escola deve ser capaz de estabelecer, gerir objectivos e metodologias que possibilitem a consolidação de uma cultura organizacional, capaz de respeitar as diferenças dos indivíduos (Melo e Ferreira, 2006). A educação inclusiva implica um processo contínuo de melhoria da escola, com o fim de utilizar todos os recursos disponíveis, para promover a participação e a aprendizagem de todos os alunos, no seio de uma comunidade local (Correia, 2003).
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