Uma problemática que começa por criar dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida. Na maioria dos casos, prolonga-se pela vida adulta, não podendo ser considerada apenas uma condição do ser criança que se ultrapassa com o crescimento. A DDAH é uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a atenção e o autocontrolo e tem uma base essencialmente neuropsicológica. Esta doença tem também uma origem biológica, não sendo o resultado da forma como as crianças são educadas.
Ø Critérios de Diagnóstico
Não é muito fácil diagnosticar a DDAH. Pelo DSM-IV verifica-se que os sintomas descritos serão discriminadores do défice se obedecerem aos seguintes critérios:
1. Quantidade. Devem estar presentes pelo menos seis dos sintomas de falta de atenção ou de hiperactividade-impulsividade.
2. Duração. Tiverem persistido por um período mínimo de seis meses com uma intensidade que é simultaneamente desadaptativa e inconsistente com o nível de desenvolvimento do indivíduo.
3. Início. Tiverem início antes dos sete anos de idade (antes da idade escolar).
4. Contexto. Acontecerem em dois ambientes ou contextos diferentes (escola e casa, por exemplo).
5. Provas. Existirem provas claras de um défice claramente significativo do funcionamento social e académico ou laboral.
Desta forma:
Ø Segundo o DSM-IV, uma criança hiperactiva deverá apresentar persistentemente os seguintes sintomas:
1. Movimentar excessivamente as mãos e os pés e mover-se quando está sentado.
2. Levantar-se na sala ou noutras situações em que se espera que esteja sentado.
3. Correr ou saltar excessivamente em situações em que é inadequado fazê-lo.
4. Ter dificuldade para se dedicar tranquilamente a um jogo.
5. Agir como se estivesse ligado a um motor.
6. Falar em excesso.
Programas para o incremento de comportamentos desejáveis:
· Contratos comportamentais – duas ou mais pessoas estabelecem com o aluno um acordo escrito onde determinam o comportamento desejado e as consequências que advirão da sua ocorrência ou não.
· Sistema de créditos ou economia de fichas – pontos ou fichas concedidos logo após a realização de um comportamento positivo e, mais tarde, trocáveis por determinadas recompensas.
Ø Ambiente da aprendizagem
* Sentar a criança numa área com poucas distracções.
* Evitar toda a fonte de estimulação.
* Ajudar a manter a área de trabalho da criança livre de materiais desnecessários.
* Dar oportunidades à criança para se movimentar.
* Proporcionar um local na sala onde a criança possa trabalhar isoladamente, se necessário.
* Estabelecer e realizar tarefas de forma rotineira bem como estabelecer regras claras e exigir o seu cumprimento.
Ø Estratégias para obter a atenção dos alunos
-Experimentar uma brincadeira, uma teatralização para despertar a atenção e aguçar a curiosidade
-Contar uma história. É a forma mais eficaz de ganhar a atenção.
-Adicionar um pouco de mistério. Levar um objecto relevante para a aula numa caixa ou num saco. É uma forma fantástica de despertar a curiosidade e a vontade de adivinhar e pode conduzir a excelentes discussões ou servir de motivação para a expressão escrita
-Variar o tom de voz: alto, suave, sussurrante. Experimentar dar uma ordem num tom de voz elevado "Atenção! Parados! Prontos!" seguido de alguns segundos de silêncio antes de prosseguir num tom de voz normal para dar instruções.
Ø Adaptações para focar a atenção dos alunos
* Chamar os alunos para perto do professor.
* Explicar a finalidade e a relevância da aula.
* Fazer actividades práticas na aula.
* Usar guias de estudo incompletos que serão preenchidos pelos alunos à medida que for prosseguindo a aula.
* Usar material apelativo como desenhos, gestos, diagramas, objectos.
Ø Adaptações no ritmo de trabalho





Ø Adaptações nos métodos de ensino




Ø Adaptações nas estratégias






Ø Adaptações para manter os alunos em actividade






Ø Adaptações na avaliação



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